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15 de outubro - Dia do Professor

 


         Hoje, mais que em outros dias, alguns pensamentos insistem em mexer com minhas emoções. Por mais que eu tente não querer pensar, eles surgem com muita clareza. Momentos que vivi nestes quase 30 anos de docência, alunos que passaram por mim, situações que me levaram a fazer terapia, pois comecei a duvidar da minha capacidade de ser professora.

        Será que mudo de profissão? Será que vale a pena o esforço? Quantas vezes me questionei sobre isso. E a cada ano que passa, percebo que as perguntas não mudam e que ainda persisto em ser professora.

       Quando faço uma retrospectiva de tudo que vivi no âmbito escolar, vejo que todas as agruras vividas foram com alunos que não tinham uma referência familiar. Toda criança deve crescer em um ambiente de amor, segurança e compreensão. E quando isso não acontece, acabam apresentando dificuldades na escola.   

      Como professora, minha função é alertar os pais sobre o que está acontecendo. A partir daí começam as dificuldades, pois as famílias estão terceirizando a educação para as escolas, crentes de que os professores devem suprir a carência de seus filhos.

        Quando não fazemos isso, somos os culpados. Os responsáveis nos tratam de forma desrespeitosa e agressiva. As crianças continuam apresentando dificuldades e nada é feito por parte das pessoas que deveriam zelar pelo seu bem-estar.

       Confesso que esse tipo de situação é comum, muito mais comum que você leitor possa imaginar. Isso faz com que muitos professores se sintam incapazes de agir, pois simplesmente quem deveria agir não está preocupado. Dessa forma, muitos colegas professores adoecem. Imagine você, sabendo que no final da estrada existe uma ponte quebrada e está assistindo a uma corrida na qual os pilotos desconhecem o fato. Você sabe o que vai acontecer, mas nada pode fazer, uma vez que os pilotos não estão querendo te ouvir. Esse sentimento de incapacidade toma conta de muitos de nós e nos entristece.

        No dia dos professores, gostaria muito de fazer um apelo às famílias. Participem da vida escolar de seus filhos. Ouça o professor, encontrem saídas. Parem de querer culpabilizar alguém que está querendo apenas ajudar. Não tente justificar os erros de seus filhos, abra os olhos e os ouvidos. Parem de culpar o celular (foi você quem o deu para seu filho). Dê limites, sejam responsáveis, procurem ajuda.

     Quanto a nós professores, estaremos sempre semeando e colhendo nossos frutos, pois muitas crianças, jovens e famílias ainda acreditam em nós!

                                                                  Professora Leila Bambino

                                                                               leilabam@terra.com.br

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O ano está (de fato) perdido?


 




    O maior desafio é ensinar para quem não quer aprender. Inúmeros artigos tratam desse tema, quase todos falando as mesmas coisas.

Estamos vivendo um momento bastante diferenciado em todos os aspectos da nossa vida. Um vírus minúsculo e praticamente invisível conseguiu colocar o mundo em quarentena. Na verdade, esse termo ‘quarentena’ nem caberia mais, pois, segundo o dicionário, ele equivale a um período de 40 dias, o que muito já se excedeu.

As escolas foram fechadas por conta do momento, uma vez que, para conter o avanço do vírus, algumas recomendações precisam ser seguidas. Uma delas é o distanciamento social.

Como seguir essa recomendação dentro de uma sala de aula repleta de crianças e jovens que mal podem esticar as pernas? Obviamente, muitos desconhecem essa realidade, movidos pelas propagandas vinculadas nos canais de comunicação, mostrando salas de aula que não existem na vida real. Mas, isso é tema para outra reflexão.

Enfim, vou retomar a minha linha de raciocínio. Distanciamento social é uma realidade hoje e, para “driblar” a falta da escola, foi oferecida outra forma de levar o conhecimento aos alunos, por meio de aulas não presenciais.

Eis que caímos na armadilha imposta pela falta de recursos destinados à educação no Brasil, pois nem todos os alunos têm acesso à internet. Nem sequer possuem um computador para realizarem suas atividades. Tudo muito difícil, afinal estamos no Brasil, um país que ocupa a 63° posição no Anuário de Competitividade Mundial 2020 (World Competitiveness Yearbook – WCY).

Muito se fala na falta de recursos dos alunos. Mas, e os professores? Muitos não têm acesso a uma internet rápida e eficiente para realizar com tranquilidade o planejamento de suas aulas. Obstáculos não faltam para deixar todos de cabelos em pé diante dos desafios.

Depois do choque inicial, da parada obrigatória e da poeira se assentar, é hora de arregaçar as mangas e fazer acontecer. E foi o que alguns professores fizeram.


            Muitos profissionais envolvidos em cursos oferecidos pelo governo, ensinando como tirar proveito de sites, programas, gravações de aulas, edição de textos e por aí vai. Tudo deveria ser aprendido num tempo recorde, pois a educação não pode parar.

E assim foi. Professores estão acostumados com desafios e os obstáculos foram sendo transpostos, um a um.  Aprenderam e se reinventaram. Materiais foram sendo elaborados, vídeos explicativos e um espaço da casa usado com estúdio para as gravações das aulas.

Os dias foram se tornando meses e cá estamos seguindo em frente, tentando levar para nossos alunos um pouco de esperança e conhecimento. O esforço está sendo dobrado para alguns colegas, que, sentindo a responsabilidade do momento, se desdobram para atingir seus objetivos colocados no planejamento anual.

Como se isso tudo não bastasse, ainda ouvimos muitas inverdades. Uma delas é a de que o professor não está trabalhando. Isso dói, principalmente para aqueles profissionais comprometidos com sua profissão.

Agora vou chegar aonde eu queria desde o início deste artigo. Uma frase que não me sai da cabeça e que tenho ouvido demais é a seguinte: “O ano está perdido para os alunos”. Fico extremamente incomodada com essa afirmação. Como assim?

O ano está perdido para aqueles alunos que na sala de aula presencial não se dedicam. Está perdido para aquelas famílias que atribuem unicamente para escola a educação de seus filhos. Está perdido para as famílias que buscam todas as desculpas possíveis para não acompanharem os seus filhos.

Tenho total clareza de que as famílias têm suas dificuldades, mas não posso me furtar a dizer que existem famílias que estão fazendo o impossível pelos seus filhos. Alguns sem acesso à internet, mas buscando semanalmente as atividades impressas na escola. Crianças com acesso à internet, mas que não estão realizando as atividades por pura negligência dos responsáveis.

Alunos aprendendo a usar o computador de outra forma, que não seja apenas para jogar ou assistir a programas, na maioria das vezes, nada indicados. Estão aprendendo a gravar vídeos, a pesquisar, a compartilhar notícias e a desenvolver o senso crítico, percebendo que muitas das coisas postadas nas redes sociais não passam de mentiras.

Portanto, a escola é apenas um lugar onde pessoas se reúnem, debatem ideias, encontram soluções e onde professores atuam mediando as dúvidas e impulsionando para novas descobertas.  Mas, tudo isso pode acontecer também fora da escola. Estamos vivendo nesse momento, onde estamos todos buscando novas formas de nos fazermos presentes, auxiliando nas dúvidas e aprendendo juntos.

Se você acha que o ano está perdido, reflita sobre todas as possibilidades que estão sendo oferecidas. Será que temos feito a nossa parte? Sem dúvida nenhuma é mais fácil culpar o outro pela nossa falta de vontade.

Essa reflexão é válida para professores, famílias e alunos. Todos juntos pela educação!

 

                                                              Leila Bambino

                                                         leilabam@terra.com.br

 

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Dislexia e Suas Possibilidades



       
          


Alguns estudos já foram publicados falando sobre o tema “dislexia”. O que é, quais são as características, se existe um tratamento específico, qual profissional seria o mais indicado para dar esse diagnóstico, como identificar sinais da dislexia e assim por diante. No entanto, ainda ocorre nas escolas um grande desconhecimento sobre o tema. Muitas dúvidas rondam os professores a respeito desse assunto e muitos alunos são duramente penalizados por serem portadores do transtorno.
Em uma instituição escolar, uma das competências mais importantes para se atingir o sucesso são as habilidades da leitura e escrita. É a partir da leitura que o aluno pode chegar a conclusões sobre os mais variados tipos de assuntos e os aspectos que os compõem, pois ler é essencial para a aprendizagem das outras áreas de conhecimento. A habilidade da leitura envolve a compreensão, interpretação e decodificação dos assuntos.
Uma criança que apresente falhas nessas áreas acaba sinalizando para os pais e principalmente para o professor que algo não está bem. E agora? Como será o futuro dessa criança? Estará ela fadada ao fracasso? Profissionais serão procurados e por fim o diagnóstico pode aparecer: dislexia.
O papel dos pais para que seu filho consiga obter sucesso no seu percurso escolar é muito importante. Somente com o envolvimento dos pais é que as dificuldades serão mais facilmente transpostas, afinal, os mais interessados para que isso aconteça são eles. Ninguém conhece melhor o seu filho do que os pais. O sucesso na vida escolar de uma criança dependerá do envolvimento entre os pais, professores e escola.
Dislexia é um dos termos mais utilizados dentro das dificuldades de aprendizagem, e tentar entender as causas que levam uma criança a não conseguir ler e escrever é de suma importância. Dessa forma, encontrar estratégias adequadas e buscar as causas são elementos primordiais para que a criança avance. Entretanto, nem todas as crianças que apresentam dificuldades de leitura e escrita são iguais e nem todas podem receber um diagnóstico de dislexia.
Antes de continuarmos essa nossa reflexão, vamos conhecer algumas definições dadas por autores que muito tem estudado sobre a dislexia.
Segundo Zorzi (1998) “Dislexia é um distúrbio específico da linguagem de origem genética e com influência de fatores hereditários que ocasionam falhas no processo fonológico e consequentemente deficiência de caráter linguístico”.
A dislexia, de acordo com Dubois (1993) “é um defeito de aprendizagem da leitura caracterizado por dificuldades na leitura caracterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos e fonemas, muitas vezes mal identificados”.
Em um de seus livros, Ajuriaguerra cita Debray (1980) dizendo que “a dislexia é uma dificuldade duradoura na aprendizagem da leitura e a aquisição de seu automatismo, em crianças normalmente inteligentes, normalmente escolarizadas e isentas de distúrbios sensoriais”.
Definições não faltam para explicar o que é dislexia. Porém, o que mais assusta é a forma como a escola lida com as pessoas portadoras da dislexia. Muitos professores desconhecem do que se trata, rotulando as crianças com os mais absurdos adjetivos,destruindo a autoestima do aluno e ocasionando um pavor crescente pela escola.
A dislexia não pode mais ser vista como um fator impeditivo de avanço escolar, uma vez que dispomos de tanta informação e exemplos de pessoas que se deram muito bem na vida, apesar dos rótulos recebidos.
Como psicopedagoga, já atendi casos de crianças, jovens e adultos com dislexia. Atualmente, como professora também. O que mais assusta não é a dislexia em si, mas os diagnósticos emitidos por alguns profissionais de maneira equivocada.Quando existe a suspeita desse transtorno, vários profissionais devem ser consultados. Um diagnóstico sério deve ser feito por uma equipe multidisciplinar composta de neuropediatra, psicopedagogo e fonoaudiólogo.
As definições colocadas no início desse artigo falam de dificuldades na área da leitura e da escrita, isentas de atraso cognitivo e sensorial. Portanto, um disléxico tem “inteligência normal”. Como definir inteligência é algo polêmico, vamos observar a origem da palavra. O termo vem do latim intellegentia, que significa a “capacidade de entender, selecionar, escolher, discernir” sobre determinadas questões. Alguém inteligente consegue resolver problemas e encontrar saídas para determinadas situações de seu cotidiano. Hoje em dia existe inclusive a “teoria das inteligências múltiplas”, criada no ano de 1980 por um psicólogo norte-americano chamado Howard Gardner, que através de estudos concluiu que nosso cérebro contempla oito tipos de inteligência, mas nem todas são desenvolvidas. Isso explicaria muitas coisas, inclusive o fato de um disléxico ter dificuldades de leitura e escrita, mas ter um potencial grande para desenvolver projetos através da sua criatividade.
O disléxico utiliza esse recurso muito bem. Eles têm uma capacidade criativa grande e utilizam alguns “mecanismos de sobrevivência”que são obrigados a desenvolver para sobreviver em um mundo onde as pessoas os tacham de incapazes e “preguiçosos”. Existem estudos que afirmam que o lado direito do cérebro (responsável pela criatividade) de um disléxico é mais desenvolvido que o lado esquerdo.
Como não se sentem à vontade no meio de palavras, frases e textos sua mente se volta para o que as pessoas estão falando.  A maioria dos disléxicos consegue se sair bem em avaliações orais, relatando com precisão quase minuciosa uma aula dada pelo professor, desde que não haja nenhuma comorbidade (outro transtorno associado) presente. Porém, se colocados para escrever, as ideias não fluem com a mesma tranquilidade. Sentem dificuldades em interpretar uma pergunta, organizar as palavras e frases. Com isso, não respondem as questões de maneira conclusiva, pois gastam seu tempo tentando escrever o mais corretamente possível. Pensar em como as palavras são escritas, se as frases farão sentido, se a ortografia está correta, a letra está legível e se o professor vai conseguir compreender o que ele quer dizer e a nota que vai receber são pensamentos aterrorizantes para um disléxico.
            Dislexia é uma das causas de evasão escolar. Muitas pessoas abandonam os bancos escolares, cansados de se sentirem inaptos para aprender. Algumas não entendem o que se passa, sabem que sabem, mas na hora de escrever tudo desmorona, o nervosismo toma conta e o desespero acaba cegando todo aquele saber, que se transforma em um monte de palavras desconexas e de difícil leitura. Muitos alunos passam mal, choram e são encaminhados para psicólogos, uma vez que sua instabilidade emocional se torna frequente. Os professores, não sabendo como lidar com a situação, tendem a emitir opiniões nada animadoras, dizendo para o aluno que ele precisa se dedicar mais, ler e estudar em casa, caso contrário seu rendimento ficará ainda mais prejudicado à medida que o ano vai avançando. Apesar de o tema ser bastante explorado, sua causa permanece carente de informações mais precisas e poucos profissionais buscam se aprofundar no assunto, ocasionando essa angústia nos alunos que não conseguem acompanhar o ritmo estabelecido e atingir o sucesso que almejam.
            Existem por parte dos estudiosos algumas características que apontam para o transtorno. São elas: atraso no desenvolvimento da linguagem, coordenação motora dificultada, fraco domínio das noções de tempo/espaço e lateralidade, falta de interesse em livros impressos e uma fuga total de tudo que remeta a letras e palavras. Alguns sinais podem ser observados desde a mais tenra idade: atraso para engatinhar, andar e falar, dificuldades de compreensão (parece estar ouvindo mal), distúrbios do sono, muito ou pouco agitadas, dificuldades para se adaptar a escola. Isso não quer dizer que uma criança que apresente essas características seja disléxica, como já foi citado acima. Uma equipe deverá ser consultada.
            Vocês podem imaginar o que é para uma criança entrar na escola,num ambiente onde tudo gira em torno da leitura e da escrita e perceber que não consegue acompanhar o ritmo de seus colegas? Esse sofrimento muitas vezes incapacita e faz com que a criança sinta-se um “peixe fora d’água”. Por isso a importância de um professor devidamente preparado, que saiba como conduzir suas aulas e administrar as dificuldades de seus alunos.
            Uma boa abordagem que pode ser utilizada com um aluno disléxico é a multissensorial, que utiliza os cinco sentidos para aprender. Na sala, o aluno deve sentar-se próximo ao professor. Dessa forma, sentirá mais tranquilidade caso precise de auxílio. A repetição dos comandos também auxilia o aluno na compreensão daquilo que está sendo falado e solicitado. Falar devagar, sempre olhando para a criança é um recurso que contribui bastante. Outra ferramenta que deve ser estimulada é o uso do computador para digitação, incentivando o uso do corretor ortográfico. Isso nem sempre é possível de ser feito, existem escolas que não possuem esse recurso tão facilmente, apesar de muitas pessoas acharem que todos têm acesso ao computador. Infelizmente existem muitas famílias sem acesso a essa ferramenta, fazendo uso somente na escola e de maneira precária.
            O elogio dado de forma espontânea ajuda muito a fazer com que o disléxico acredite em si mesmo. Como eles possuem uma oralidade bastante preservada, utilizar recursos como áudio e vídeo para exposição de trabalhos em sala é muito importante.
            Existem evidências de que a dislexia seja genética. Estudos indicam que uma criança disléxica tenha algum parente próximo com a mesma dificuldade. De acordo com Selikowitz (2001) “em todos os tipos de dificuldade de aprendizagem, a incidência em meninos supera numericamente a incidência em meninas, numa proporção de três para um”.
            A dislexia muitas vezes não vem sozinha. Existem outros termos relacionados a ela como: disgrafia e a discalculia. Vamos conhecê-los melhor? A disgrafia é uma dificuldade para escrever, existe uma mistura de letras maiúsculas e minúsculas, lentidão para fazer os registros, pouca ou muita pressão no momento da escrita, troca de letras e sílabas, dificuldades de usar as linhas e o limite no caderno, perturbação de lateralidade e do esquema corporal, utilizar régua para fazer traçados e muito mais.
            A discalculia provoca uma dificuldade na aprendizagem de tudo que se relaciona a números. Elaborar conceitos matemáticos, fazer classificação, seriação e sequência numérica serão extremamente complicadas para a criança. Uma criança com discalculia terá dificuldades em posicionar números, somar, subtrair, multiplicar e dividir, memorizar cálculos, fórmulas e as tabuadas.
            A vida escolar de um disléxico não deve ser fácil. Os dias são longos e pesados. Um verdadeiro filme de terror, principalmente porque passamos um tempo considerável de nossas vidas nos bancos escolares. Lidar com o aspecto emocional é mais um desafio a ser vencido. A autoestima é um aspecto fundamental para que uma criança disléxica consiga sucesso na sua vida. Isso não é uma tarefa fácil, pois as dificuldades são evidentes e normalmente numa escola as crianças não poupam adjetivos para “apelidar” o colega. Muitas delas são humilhadas e tendem a se fechar, falando pouco e evitando um contato mais próximo com os colegas.
Para uma pessoa sem nenhuma dificuldade aparente, o apoio já é fundamental, imagine para um disléxico. Paciência, dedicação, incentivo, respeito, carinho, são elementos-chave para que o indivíduo possa superar seus desafios e seguir em frente.
            O papel de um professor na vida de uma criança portadora de dislexia é essencial. Uma grande responsabilidade, diante de tantas outras já atribuídas e esse profissional. Os conteúdos muitas vezes deverão ser adaptados, muita compreensão e diálogo constante com a família e outros profissionais que lidam com a criança. Tudo isso, porém, é na maioria das vezes muito difícil devido ao número de alunos em sala, pouca ou nenhuma assistência por parte das famílias (que deveriam ser as mais engajadas nesse processo) e desconhecimento sobre o tema.
 Depois de tantas dificuldades, será que um disléxico consegue chegar ao Ensino Superior? A resposta é sim, afinal, de desafios o disléxico entende. O sonho de chegar a uma universidade ainda é para um disléxico um desafio real, mas perfeitamente possível. O primeiro passo é buscar uma área que desperte sua curiosidade e vontade de seguir em frente, mesmo sendo conhecedor de todos os desafios que deverão ser (mais uma vez) superados. O diploma de conclusão será a prova de que tudo é possível e que não existe incapacidade para quem quer atingir seus objetivos.
Algumas medidas devem ser tomadas. Uma delas é comunicar a coordenação do curso escolhido a respeito da dislexia, para alertar os professores a respeito de como lidar com o aluno(assim como deveria ter sido lá no início de sua escolarização), pois muito sofrimento teria sido evitado. Um adulto disléxico que consegue chegar à universidade é motivo de orgulho para ele mesmo.
            Einstein era disléxico. Considerado pelos seus professores um aluno fraco e pouco interessado, é o inventor da Teoria da Relatividade, provando que a dislexia não é um fator impeditivo ou de fracasso.
Alguns exemplos de pessoas disléxicas podem ser citados: Walt Disney (desenhista e criador do Mickey Mouse), Agatha Christie (escritora), Alexander Graham Bell (inventor), John Lennon (cantor e compositor), John F. Kennedy (ex- presidente dos Estados Unidos da América), Charles Darwin (autor da Teoria da Evolução) e muitos outros.
Resumindo, podemos concluir que os disléxicos podem sim alcançar seus objetivos. Apesar de suas dificuldades na área da leitura e escrita, conseguem acionar mecanismos de sobrevivência como a criatividade, alegria e muita força de vontade, para vencer os obstáculos e provar que apesar da dislexia, muitas outras possibilidades acabam surgindo. Basta que estejamos de olhos bem abertos para encontrá-las. Afinal, a dislexia será uma companheira fiel ao longo de toda a vida de um portador de dislexia.
Bibliografia

AJURIAGUERRA, J de; et al.  A Dislexia em questão: dificuldades e fracassos naaprendizagem da língua escrita: Porto Alegre: Artes Médicas, 1980

DUBOIS, Jean et alii. (1993)Dicionário de lingüística. SP: Cultrix

SELIKOWIT M. Dislexia e outras dificuldades de aprendizagem. Rio de Janeiro: Revinter;2001.

ZORZI, J. L. Dislexia, distúrbios da Leitura-escrita... De que estamos falando? Rev. Psicopedagogia, São Paulo, v.17, n.46, 1998





 Escrito por: Leila Bambino ( Professora e Psicopedagoga - Clínica)
                           leilabam@terra.com.br



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O Excessivo uso do “sim” na Educação dos Filhos






Este texto foi escrito para você, que neste momento passa por problemas com seu filho, ou até mesmo conhece alguém que esteja nessa situação. Aliás, coisa cada vez mais corriqueira nos dias de hoje. Quando paramos para pensar na nossa infância (para aqueles que têm mais de 30 anos), ficamos chocados com o que vemos. Crianças desde a mais tenra idade desafiando seus pais que vêm sendo feitos reféns dessas criaturinhas. Sou mãe, tenho dois filhos homens (26 e 23 anos) e não posso citar um único momento em que passei vergonha com eles. Sim, vergonha: essa é a palavra, pois muitos pais ficam completamente constrangidos diante de seus “anjinhos” em determinadas situações.
 Para saber isso, basta olhar ao redor. Verdadeiras guerras psicológicas são travadas em ambientes públicos (restaurantes, supermercados, escolas, lojas), com acessos de birra, gritos e palavrões, deixando os pais sem ação diante da situação. A única coisa que vem à cabeça é exatamente aquela que não deveria ser pensada: ceder.
Pois é, a palavra “ceder” parece a única coisa a ser feita para desarmar o circo e acabar com a plateia que assiste admirada ao desfecho do show. Uns olhando com tom de desaprovação, achando aquilo tudo um absurdo, outros com olhar penalizado, seja para os pais ou para aquela criança. O embaraço é geral e a vontade dos pais é a de que se abra um buraco enorme, para que lá possam se enfiar...
 Felizmente, nunca passei por essa situação vexatória com meus filhos. Fui mãe com 22 anos e, quando paro para pensar, vejo que usei muito da minha intuição. Claro que poderia ter feito coisas diferentes em muitos momentos, mas no geral me considero uma boa mãe.
 Além de mãe, sou professora e lido diariamente com crianças e adolescentes na escola em que trabalho. A angústia em relação ao comportamento abusivo das crianças frente aos pais acaba refletindo no ambiente escolar. Quando iniciei minha carreira no magistério, as coisas não eram bem assim. O que mudou? Sempre me faço essa pergunta, afinal, é um problema que vem aumentando e tomando proporções assustadoras.
Há muitos anos, as famílias eram estruturadas de uma forma mais ou menos parecida: pai (o provedor), mãe (a cuidadora e amorosa) e os filhos. Sem grandes traumas, obedecia quem tinha juízo, afinal, o pai seria comunicado à noite de qualquer desobediência. O castigo poderia ser físico (umas palmadas) ou ficar sem algo de que gostassem muito. Não estou aqui fazendo apologia aos castigos físicos, apenas relatando uma realidade que existia na maioria das famílias.
Muitas pesquisas são feitas para determinar o tipo de família hoje existente. Vou me ater à minha experiência pessoal, uma vez que estou mergulhada nesse processo e vivenciando os avanços e retrocessos dessas mudanças. Livros e mais livros são vendidos no Brasil falando sobre filhos, como educá-los, prepará-los para o futuro e por aí vai. São bastante procurados, demonstrando o quanto os pais estão perdidos nesse processo de educar uma criança.
Não vou prometer aqui um manual de instruções, pois as crianças não vêm com um quando nascem. Aliás, o que os pais mais me pedem são “receitinhas prontas” de como educar os filhos, como se isso fosse possível.
 Não existem receitas prontas, mas existem algumas coisas que podem ser feitas para que a educação de nossos filhos não acabe de maneira desatrosa e nos fazendo querer abrir um buraco no chão cada vez que somos colocados em uma “saia justa”. Porém, elas dependem de uma única coisa: VOCÊ!
De acordo com Tiba (2011), existe uma grande diferença entre “criar” e “educar” um filho. Percebo essa dificuldade nos pais hoje em dia. Eles chegam na escola completamente perdidos, não sabendo mais o que fazer para serem respeitados. Quando questionados, dizem que fazem de tudo, não deixam faltar nada, tudo que o filho pede é prontamente atendido. Ainda segundo Tiba: “Neste ponto, os pais erram quando poupam seus filhos e lhes dão tudo pronto, deixando-lhes um usufruto a custo zero, e perdem a oportunidade de educá-los”. ( 2011, p. 84). Depois não entendem a rebeldia e a falta de limites. Criar é dar a ele condições de sobreviver, alimento, roupas, abrigo, carinho. Educar é transmitir valores, capacitando-o para viver em sociedade, impondo regras, dando exemplos positivos.
Ouço essa história já há uns 10 anos e confesso que fico ainda perplexa. Não é possível que os pais não entendam que dar tudo aquilo que o filho pede não está certo. Hoje o pedido é algo simples, mas crianças crescem e acabam se transformando em “monstros consumidores”, que se não forem atendidos, irão atrás de satisfazerem suas necessidades, alimentadas pelos pais que não souberam dizer um ‘não’ quando era preciso.
Este “não” deve vir sempre junto de um “porquê”. O não sozinho dá ideia de que hoje não, mas amanhã talvez. Os pais devem estar cientes de que apenas uma negativa não será suficiente. Nem sempre aquele pedido vem atrelado a uma necessidade. Muitas vezes, ou na maioria delas, o filho quer algo simplesmente porque seu amigo tem. E se for atendido, sempre que nos olharem com aquela carinha linda, estaremos encurralados, pois as crianças sabem manipular muito bem um adulto quando querem. Não são aqueles “anjos” que achamos, podem acreditar.
Aquele bebezinho lindo, gordinho, cheio de dobrinhas que batia em seu rosto e todos achavam bonitinho cresceu. Nunca lhe foi ensinado que bater era errado. Ele cresceu achando que era normal e resolve continuar batendo no rosto das pessoas e esperando aprovação. Isso parece óbvio demais, mas muitos pais não enxergam além, vendo naquele gesto apenas uma forma de demonstrar carinho. E as consequências posteriormente aparecem, muitas vezes, de uma maneira dura e real. Quando de fato educamos um filho, devemos mostrar-lhes desde muito cedo o certo e o errado. Já presenciei cenas de arrepiar, bebês chorando loucamente quando são colocados no berço e a mãe (quase sempre é ela) desesperada tentando acalmar o choro. Aquele choro manhoso, que rapidamente para quando sua vontade é atendida. Raciocinem comigo: se fosse de fato uma dor ou incômodo, o choro cessaria tão prontamente?
Muitos pais têm medo de causar algum tipo de trauma, achando que se negarem algo ao filho este o odiará. Bobagem! Filhos querem e necessitam de limites. Precisam de referências e de saber até onde podem ir. Portanto, a palavra limite deve ser uma constante na vida de pais que querem acertar.  Costumam me questionar a respeito de como consigo manter minha sala de aula tão silenciosa. Quando alguém bate na porta e entra, costuma perguntar: “Estão em prova?”. Respondo com uma negativa, afinal, a sala de aula deve ser um ambiente tranquilo e sem gritarias. É um local de reflexão, concentração. Todos ali devem entender que estão juntos em um mesmo ambiente. Falar baixo, ser organizado, ter bom senso e acima de tudo, respeito pelo colega e pela professora. Consigo isso através de uma relação baseada na cumplicidade e no diálogo. Eu respeito-os e eles a mim.
 Ouço com frequência dos meus alunos que se tirarem boa nota ganharão algo: um passeio, videogame novo, celular. Fico tremendamente contrariada quando escuto isso de uma criança, pois esse tipo de coisa é inadmissível. A criança precisa entender que não existe troca quando o assunto é estudar, comportar-se bem, ser um bom filho. Todas essas coisas são consequências que virão naturalmente, sem necessidade de haver uma troca. Converso muito sobre isso com eles e nas reuniões com os pais procuro deixar isso bem claro.
Sejam pais participativos. Procurem saber da vida de seus filhos, como foi seu dia, se podem ajudar em algo. Muitos pais esquecem disso e quando o filho estiver na adolescência será mais complicado para recuperar o que foi perdido. O diálogo deve existir sempre, é uma conquista diária, um laço que tende a se solidificar com os anos. Filho precisa confiar nos pais, entender que podem contar com nosso apoio e com nossa “bronca” se for o caso. Mas, para isso, você precisa ser um exemplo.
Não é fácil ficar centrado o tempo todo, como se fôssemos monges budistas em busca da Iluminação. Sofremos com o estresse do dia a dia, contas para pagar, trânsito caótico, mau-humor, etc. Há dias em que é complicado respirar fundo e dar atenção ao filho, mas, isso precisa ser feito. Nem que seja por alguns momentos, mas devemos encontrar um ponto de equilíbrio e fazer o que parece ser impossível: deixar os problemas de lado e olhar nos olhos daquele que está na nossa frente. Cury nos diz que: “Reeditar é um processo possível, mas complicado. A imagem que seu filho construiu de você não pode mais ser apagada, só reeditada. Construir uma excelente imagem estabelece a riqueza da relação que você terá com seus filhos”. ( 2003, p. 23).  Portanto, vale a pena tentar!
Se você chegou até aqui está de parabéns, isso demonstra o quanto está motivado a fazer a diferença na vida de seu filho ou de alguém que conhece e ama muito. Você é demais... Um elogio é sempre bem vindo, não acham? Também adoraria saber que estou agradando um leitor e mantendo sua atenção, em meio a tudo que está acontecendo ao seu redor nesse momento: buzina de carro, barulho de televisão, música alta, crianças gritando, celular apitando. Nós somos movidos pelo elogio. A criança quando faz algo que achamos bonitinho tende a repetir a ação muitas vezes. Se for uma ação positiva, ótimo. Mas se for negativa, ela repetirá sempre que sentir nossa aprovação. Novamente vou citar o bebê gordinho e cheio de dobrinhas que batia no rosto do papai. Certamente vocês já viram crianças fazendo algo repreensível e os pais achando tudo lindo, filmando, tirando fotos, batendo palmas e simplesmente fixando naquela criança um comportamente socialmente inconveniente. Essa criança irá crescer e obviamente reproduzirá esse comportamento. De nada vai adiantar os pais brigarem, pois, na cabeça da criança o que ela faz está certo.
A boa notícia é que o contrário também acontece. Elogiar um bom comportamento terá o mesmo efeito. Aquela criança que entra na sua sala e pede “com licença” ou quando lhe fazemos algo nos olha e diz “obrigada” nos faz quase cair para trás, pois o que vemos hoje em dia é bem diferente disso. Pensamos: “ Minha nossa, o mundo ainda tem jeito”. Essas crianças foram elogiadas quando fizeram isso e acabaram tornando esse ato um hábito. É normal ser gentil e educada e, cá entre nós, não existe coisa mais linda do que uma pessoa educada. Existem pessoas que estudaram pouco, trabalham pesado, em profissões humildes, mas de uma educação que encanta e emociona.
Se você teve seus pais próximos a você na infância deve ter ouvido inúmeras vezes esta frase: “ Devemos sempre respeitar os mais velhos”. Basta ligar a televisão para nos deparamos com notícias terríveis de espancamento de jovens, crianças, animais. O mundo parece estar de ponta-cabeça. Tudo isso teve uma origem. Aquela pessoa que espanca outra pessoa já foi uma criança. Talvez tenha sido criada em um lar em conflito, com pessoas sendo agredidas, fazendo uso de drogas e bebida alcoólica. Famílias desestruturadas acabam criando filhos rebeldes e sem nenhum parâmetro social. Mas esse fato ocorre também nas famílias ditas “estruturadas”, com um poder aquisitivo razoável, com responsáveis tendo cursado uma boa universidade. O respeito pode existir sempre, não importa o poder aquisitivo nem tampouco o grau de instrução. Respeito é algo que se aprende através do exemplo. Se eu sou respeitado, eu aprendo a respeitar. Simples assim.
Os pais precisam estar unidos da educação de seu filho. Hoje em dia, muitos casais não vivem mais juntos e os filhos se aproveitam dessa situação. Normalmente a criança fica com a mãe e esta deve agir com firmeza, exercendo sua autoridade ao máximo. Nos finais de semana, quando a criança vai para a casa do pai, tudo é permitido, não existem regras, apenas diversão. Não existe um ponto de equilíbrio e a mãe passa a ser a “bruxa má” da história. Situações assim são comuns e não deveriam acontecer. O relacionamento acabou, mas o filho será para sempre um vínculo entre as duas pessoas. Quanto mais saudável e respeitosa for essa relação, melhor será para seu filho.
Espero até agora estar conseguindo manter você atento a essa leitura. Não prometi um manual de instruções, mas disse que daria dicas importantes. Manter a palavra é algo sério e deve ser cumprido à risca. Assim é com nossos filhos. Se você diz uma coisa e faz outra rapidamente, será pego em flagrante, pois criança tem uma sensibilidade enorme para captar essas vaciladas que damos. Cuidado com as palavras e com seus atos. Se não houver sintonia entre eles, tudo cairá por terra. Sempre digo para meus alunos que sou professora 24 horas do meu dia. Sinto-me constantemente observada e sei que sou de fato observada. Eles me questionam se fumo, se saio para ir a bares, observam minha roupa, minha forma de agir, se faço uso de maquiagem. Assim são nossos filhos. Como dizer: “ Leia meu filho, ler é importante para sabermos as coisas”, se nunca fui vista por ele com um livro nas mãos. Essas contradições são frequentes entre os pais de meus alunos. Eles querem que os filhos façam o que eles não fazem.
Educar, portanto, exige muita paciência e entrega. Ter filhos não é meramente colocá-los no mundo. É algo que deve ser planejado cuidadosamente, pois é extremamente bom ser mãe. Digo isso sem medo de estar sendo piegas. Uma das maiores realizações da minha vida tem nome: meus filhos.
Mas, se você enfrenta problemas com seus filhos, saiba que para tudo existe uma solução. Existem muitos profissionais dispostos a ajudar, mas para isso, é preciso aceitar que existe a dificuldade e ir ao encontro da solução. Muitas crianças são rotuladas de agressivas, mal-educadas, preguiçosas, desatentas e por trás pode existir algo neurológico, algum transtorno que impede essa criança de agir de maneira diferente. Isso existe e é bastante comum nos dias de hoje.
Tive um aluno que veio com histórico preocupante. No início do ano, quando passaram a lista de chamada me alertaram sobre ele. Uma criança agressiva, agitada, sem limites e cujos pais não pareciam estar muito preocupados. Como professora, acabei desenvolvendo em mim um lado bastante observador e deixei aquele aluno na dita “quarentena”. Observava-o em sala, no recreio, nas aulas de educação física, no momento que os pais vinham buscá-lo na escola. Depois de algumas semanas pude ter uma noção do que conversar com os pais e chamei-os para uma reunião. Os pais vieram e me pareceram bastante apreensivos, uma vez que seu filho já vinha sendo rotulado de diversas coisas. Ouvi o que me disseram e perguntei sobre a gravidez, os primeiros dias, meses e ano. Os pais ficaram surpresos, pois até então nenhum professor havia questionado a respeito.
Colocando-me na condição de ouvinte e em nenhum momento fazendo críticas, descobri que o menino, até seu primeiro ano, havia tido crises de otite (infecção no ouvido) quase que frequentes. Chorava muito e os pais costumavam utilizar remédios caseiros para as crises. Solicitei que fossem a um otorrinolaringologista, que após um exame constatou baixa audição. Uma criança que gritava, era agressiva e não ouvia bem, após um tratamento e colocação de um dreno (tubo colocado dentro do ouvido) para retirar as secreções, ficou mais calma e conseguiu acompanhar melhor as aulas, não sendo mais tão criticada e desenvolvendo um bom relacionamento para com todos os demais colegas da classe.
Fiz esse relato para ilustrar que nem sempre devemos castigar nossos filhos. Muitas vezes, eles não sabem ser diferentes simplesmente porque não conseguem. Alguns pais ficam frustrados, dizem que deram uma boa educação, com limites bem estabelecidos, mas mesmo assim o filho não corresponde.
Devemos descartar sempre se existe algum tipo de patologia (doença) ou transtorno, para depois agirmos de modo a corrigir a atitude de uma criança. Para isso, contamos com a ajuda de muitos profissionais, principalmente, com a ajuda do professor, pois é ele quem fica a maior parte do tempo com seu filho e pode apontar caminhos para minimizar as dificuldades. Por isso, ouça-o, tenha o professor de seu filho como aliado, um amigo em que você deve confiar.
Se você conseguiu chegar até aqui, parabéns! Vamos finalizar com uma lista de verbos que devem estar presentes na sua vida para lidar com uma criança: ouvir, dialogar, exemplificar, respeitar, elogiar, cumprir, estudar, planejar, estabelecer e, acima de tudo, AMAR!

BIBLIOGRAFIA

CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

TIBA, Içami. Pais e Educadores de Alta Permormance. São Paulo: Integrare, 2011.


Leila Bambino, graduada em Pedagogia com especializações em Psicopedagogia Institucional/ Clínica e Educação Especial. Na área clínica atuei durante 5 anos e como professora exerço a profissão há 20 anos em uma escola pública estadual na cidade de Blumenau – Santa Catarina. Sou tutora de alguns cursos à distância, sempre envolvendo temas relacionados às crianças, adolescentes e terceira idade e sou  membro da ABPp SC ( Associação Brasileira de Psicopedagogia) em meu estado.

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